A ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, anunciou que as investigações sobre o assassinato do jornalista Rodrigo Neto, ocorrido no dia 8 de março em Ipatinga, serão acompanhadas diretamente pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).
“O caso Rodrigo Neto não é um caso que diz respeito somente ao município, e diante de sua gravidade, a prefeita Cecília Ferramenta teve a atitude digna de prontamente acionar os órgãos federais e estaduais para que as providências cabíveis fossem tomadas e os culpados, exemplarmente punidos”, destacou a ministra, em sua participação na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada nesta terça-feira (19/03), na Delegacia de Polícia Civil, sediada no bairro Iguaçu.
Em fevereiro passado, o CDDPH, órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos, criou um grupo de trabalho de violência contra comunicadores, que se dedica a estudar e monitorar os casos de crimes e ameaças a profissionais de imprensa no país. De acordo com o advogado Tarciso Dal Maso, atualmente são 10 casos sendo acompanhados oficialmente, incluindo a morte de Rodrigo Neto, e todos estão relacionados ao trabalho profissional de apuração de informações relacionadas a esquemas de corrupção ou grupos de extermínio no país. “A violência contra o comunicador no exercício da profissão nunca é um fato isolado, pois atinge as famílias, os profissionais, e ameaça as instituições democráticas”, analisou.
“No passado, a censura impedia o jornalista de dizer, falar e anunciar informações, e agora, na democracia, não haverá perseguição e violência contra o profissional de comunicação que ficará impune no país”, garantiu a ministra. Para Maria do Rosário, o município, o estado e a União, os órgãos de segurança pública, as entidades de direitos humanos, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados e os sindicatos dos jornalistas de Minas e de todo o país estão mobilizados em busca da verdade sobre a execução do jornalista de Ipatinga, morto com três tiros.
As investigações sobre o assassinato de Rodrigo Neto estão sendo conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Vida (DHPV), de Belo Horizonte, por determinação do governador Antônio Anastásia. Nos próximos dias, o caso será levado pelo CDDPH e a Secretaria de Direitos Humanos ao conhecimento do Ministério da Justiça, com o pedido de cooperação e apoio por parte da Polícia Federal. “Precisamos dar um basta na impunidade e apurar exemplarmente a morte violenta do jornalista Rodrigo Neto”, afirmou a ministra Maria do Rosário.
Saiba como foi a audiência de ontem (19/03) acessando nosso site: Prefietura de Ipatinga.
Saiba como foi a audiência de ontem (19/03) acessando nosso site: Prefietura de Ipatinga.
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